Carência
de craques e véspera da Copa do Mundo
Presenciamos
às vésperas da Copa do Mundo uma série de falta de surpresas. O
futebol está carente, e os ídolos que brilharam na copa passada
devem retornar. Acompanho o campeonato catarinense e quase choro da
carência de técnica. Passando ao Campeonato Paulista e Carioca
(Guanabarra) vejo a falta de craques, de show-man, estes que acabam
caindo na Europa. Agora sabemos que no primeiro mundo há também o
primeiro mundo do futebol. Apesar que naquela copa não vimos brilhar
tanto Cristiano Ronaldo e Messi, e nesse ano teremos Neymar, que não
parece estar rendendo no Barça, recebendo até vaias. Mas vemos bons
jogadores, como nesses dias William do Chelsea, apesar que expulso
por falta que nem ocorreu.
Jogão
foi Manchester City versus Barcelona, apesar de que lá vimos muito
cuidado de ambas as equipes. Esses dias presenciei um outro jogo que
o time de azul jogou contra Hull City e lá sim se superou. Vemos uma
arte, uma dança quando presenciamos o futebol europeu. Aqui vêm
aqueles jogos no Brasil sem o mesmo brilho. Isso porque os Show-man
acabam por buscarem salários maiores e uma fama internacional. A
globalização afeta o esporte, estamos em tempo de integração e
quebra de fronteiras e soberanias.
Vemos
assim um jogador japonês cristão, um europeu budista, um africano
católico e por aí vai. As filosofias não têm mais limites e
certezas. Não vemos mais a questão racial, e hoje tudo que se faz é
uma democracia do esporte, pelo Fair Play. A competição deu lugar a
apresentações da geração do espetáculo, e a qualidade se
reduziu, haja vista os times muito esquematizados, demasiado
metódicos. Hoje o futebol é de marcação. A seleção brasileira
teve de se adaptar a isso. Por isso se nota um time que preza pela
defesa e meias, não tanto por atacantes, como antigamente. Mesmo
porque não temos mais os Pelé, Romários e Ronaldos. O Neymar e nem
outro atacante conseguirá fazer milagres. Quando muito vemos em um
Messi que está acima dessa média de atacantes. Mas o que vale é
que existe tamanha diversidade que o esporte democratiza, faz da
política global e da mídia meios de apenas revelar o óbvio. Temos
na seleção brasileira de apostar no conjunto, sob pena de perdermos
mais uma vez a copa em casa.
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