FUTEBOL COM FILOSOFIA
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terça-feira, 21 de dezembro de 2021
sexta-feira, 22 de junho de 2018
A SELEÇÃO COM A CARA DE UM VENCEDOR
A seleção com
cara de um vencedor
Apesar da
torcida contra, o Brasil vence por dois belos gols, quando a toalha já era
jogada por que assistia o jogo, inclusive eu. Mas conheço um técnico vencedor,
e mesmo na adversidade, pois Tite levou o Corinthians a vitórias difíceis da
mesma forma. Outra seleção vencedora é o México, que conta com belo potencial,
e ainda a Rússia, que mais parece o antigo time da União Soviética, obra
olímpica de um belo futebol, bem como a Bélgica, que mostra grande eficiência
de jogo. Tudo isso lembra o ensinamento que o que não nos mata, fortalece, de
filósofo Friedrich Nietzsche, que dizia certa vez ter ficado doente apenas três
vezes no mês. É preciso ter razão, mas
também é preciso ter fé, como ensinou a filosofia medieval, nos moldes de Tomás
de Aquino e Agostinho de Hipona. Certo é que a existência tem suas raízes, que
parecem feias, mas que sustentam a planta. No futebol se é sustentado por uma raiz,
mas não se pode julgar a planta unicamente pela aparência do que está acima do
solo.
Em fase de “Oitavas
de Final” o Brasil deve pegar a Alemanha por rival, fazendo-se necessária a
ação de lei de retorno, e assim o pensamento tupiniquim superará o idealismo-racionalismo
alemão, e teremos nossa teologia da libertação em fé a superar todo o ateísmo
para com nosso time. Já na fase das “Quartas de Final” enfrentaremos
possivelmente, se passarmos pela Alemanha, a Bélgica, de modo que esse jogo
será decisivo na Copa toda para o Brasil, que como uma planta feia mantém a sua
raiz forte e vigorosa, que feito um samurai enfrenta após quase derrota rumo a
busca da batalha vencida. Mas como já falei noutro texto, o Brasil tem boa
defesa e um time que falta apenas apostar mais em jogadas de ataque. A marca
dessa copa está sendo jogadores com diferencial, como o atacante português,
Cristiano Ronaldo, o atacante espanhol, dentre outros que garantem o gol que
decide a partida. Os jogos andam equilibrados e não existe mais time fraco.
Como
ensinava o sábio chinês Lao Tsé, deve-se agir pelo não-agir. Assim as coisas se
ajeitam. Muitas vezes querer forçar o gol ou o nervosismo atrapalha a partida. Pecebe-se
isso no time da Rússia, que joga de forma descontraída e divertida, e no final
do jogo do Brasil com a Costa Rica. Mas onde quero chegar. A seleção de um
vencedor, e Tite é vencedor, mostra que não vem para perder, e mesmo com um
futebol não muito bonito de início, tem um time que vem para disputar a Copa do
Mundo. Os grandes desafios serão ainda uma Alemanha ou México, bem como uma
Bélgica, ou outro time que vai ser mais competitivo e testar a nossa defesa. Mas
mesmo assim o time tem a força, mesmo que aparente ficar mais passivo, guarda
sempre o gol de um grande jogador nas mangas. Por fim nunca se viu tanto
marketing esportivo, e quem menos ganha com tudo isso é o torcedor.
fotos de :
br.depositphotos.com
quinta-feira, 14 de junho de 2018
A Seleção e a Arte da Guerra
A
Seleção Brasileira e a Arte da guerra
Chegamos a Copa do Mundo de futebol e nada melhor que usarmos da sabedoria para entender o desempenho das seleções, bem como a importância do pensamento no resultado. A sabedoria sempre esteve aliada a batalhas da vida, sejam elas quais forem. Assim também no esporte, que exige liderança e inúmeras estratégias, se assemelhando a uma arte da guerra, mas dentro de uma situação de paz e fraternidade. Já de minha parte sempre flertei com filosofia chinesa, em especial com o taoismo e com o Tao da cura, filosofia de Mantak Chia, que envolve praticamente todos os campos da vida, bem como de Lao Tsé em seu Tao te ching, com lições de equilíbrio. Mas e a seleção brasileira, o que teria a ver com isso? E o que um autor antigo como Sun Tzu e seu livro “A arte da guerra” teria com isso?
Um
primeiro ensinamento que aparece é que “O mais importante em uma
guerra é a vitória e não a persistência”. Deste modo, a seleção
brasileira persistia antes em líderes que não obtinham resultado, e
seu desempenho era negativo, não adiantando apenas a persistência.
Com o técnico Tite a coisa foi diferente, e ele colecionou vitórias,
mostrando um time vencedor e seguro, equilibrado, como dizem muitos
comentaristas esportivos. Outro ensinamento, falando nisso, é que “A
invencibilidade está na defesa; a vulnerabilidade no ataque”. Nada
mais dentro da realidade desse time brasileiro, que agora tem uma
defesa confiável, sendo um muro impenetrável, marca de times
comandados por esse técnico, e que garantem uma segurança após se
marcar algum gol. Isso lembra o time antes comandado por Tite, que
foi campeão mesmo sem muitas estrelas no ataque. Agora, se somando o
ataque forte que possuímos, certo é que a Copa está quase vencida,
e que mesmo que não ocorra, o time terá bom desempenho e confiança
do torcedor. O time deve ser “insondável como a escuridão e seu
movimento deve ser como o estrondo do trovão”. A seleção
brasileira se identifica com essa frase, uma vez que nunca se apostou
tão pouco na vitória e parece que agora ela se aproxima. O time tem
um trovão no ataque e sua defesa provoca a escuridão dos times
adversários. E a última foi “Um general deve ser silencioso,
sereno, inescrutável e imparcial”. Assim Tite veio, sem muito
falar, mas fazendo e obtendo resultado. E na Copa não será
diferente, pois é um líder vitorioso. O time está animado e os
jogadores mostrando o seu melhor, então não fazer barulho foi uma
boa estratégia para se encomendar a taça. Já o povo está
desestimulado e apenas verá os resultados positivos, após a atual
crise que se vive no Brasil.
Por
fim, o livro “A arte da guerra” mostra que temos guerras
pessoais, e que mesmo no esporte, ou na situação precária
nacional, em especial crise política e de liderança, se pode obter
bom resultado com o mesmo, uma vez que o time é quase o mesmo, e que
o futebol reserva lições escondidas, a que um olhar clínico pode
perceber. O esporte promove a paz, mas cada um vive a sua guerra
pessoal e existencial, e a vitória vem após muita luta, e mesmo que
não se vença, a honra é preservada, quando se conquista o
respeito. A seleção brasileira vem a se levantar, desde aquela
perda para a Alemanha, e isso já aconteceu antes quando perdeu para
a França em 1998. Viramos o jogo uma vez e viraremos mais uma vez.
Somos mestres da arte da guerra no futebol.
imagens de
https://www.elhombre.com.br/6-licoes-de-vida-com-o-livro-arte-da-guerra/
www.blog.1dia.net
https://copadomundo2018br.com/mascote-da-copa-do-mundo-2018/
imagens de
https://www.elhombre.com.br/6-licoes-de-vida-com-o-livro-arte-da-guerra/
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sexta-feira, 27 de janeiro de 2017
FILOSOFAR O FUTEBOL
FILOSOFAR O FUTEBOL
O
futebol é a cara do Brasil.
O
futebol é democrático.
Uma
bola e todos jogam, nem alguém é mais, nem é menos.
O
futebol é um tribunal, tem juiz, tem justiça, tem regra.
A
lei do futebol é a amizade.
Só
é melhor quem faz gol, não é melhor nem branco, nem negro, nem
comunista, nem socialista, nem rico, nem pobre.
O
futebol é uma coisa pública, é uma república.
E
todos opinam no jogo, todos são expectadores da arte da bola.
Artistas desenham dribles no universo do campo, um universo verde de
esperança.
No
campo crianças transformam sua condição social, fazem terapia,
sorriem com amiga bola. Tudo se acalma, e na briga a paz reina. O
jogo é o tribunal.
Futebol
é filme premiado, é cena bem gravada, é ator que emociona.
No
campo o jogador é mago, ele transforma a natureza, reflete o divino.
E
Platão imaginava o futebol no mundo das ideias.
E
Sócrates fazia ironia com a bola.
E
Aristóteles fazia da potência do chute o ato do gol.
E
Agostinho unia a fé e a razão na torcida.
E
Francis Bacon deu método a ciência do jogo.
E
Descartes calculou as regras do jogo.
E
Kant percebeu o apriori do caminho do gol.
E
Hegel viu a dialética dos times.
E
Locke não esqueceu a experiência do capitão.
E
Marx percebeu a luta de classes das torcidas.
E
Habermas percebeu o discurso dos técnicos.
sábado, 3 de dezembro de 2016
Chapecoense: voo para a eternidade
O
conceito de filosofia pode também ser descrito como uma reflexão
sobre a morte. Assim lembrou Heidegger e assim nos mostrou os últimos
momentos de Sócrates, na Grécia antiga. Presenciamos a tragédia da
Chapecoense justamente com esse sentimento e reflexão, onde a morte
ganha o cenário de hoje, com o velório que será acompanhado por
mais de 100000 pessoas, isso sem contar o contato virtual e
televisivo. Sêneca e Cícero também refletiam bastante sobre a
morte e a brevidade da vida, e muitos outros pensadores se dedicaram
ao tema. Schopenhauer via muita coisa com pessimismo, mas a morte
ganha um sentido ali na sua obra “O Mundo como Vontade e
Representação”. Mas os jogadores marcaram época, não por esse
fato somente, mas pelo seu talento em ser talvez o melhor time
catarinense que vimos.
Sobre o
futebol catarinense, talvez poucos saibam que ele tem muita
qualidade, e muitas equipes podem ser congratuladas nesse sentido.
Vimos além da Chape, o Figueirense, o Avaí e mesmo o Joinville
(JEC), Criciúma, ganhando destaque, seja na série A, seja na B do
Brasileiro. O destaque para esse último, juntamente com o time de
Jaraguá do Sul, é para o futsal, que está entre os melhores do
mundo, formando de certo modo a Seleção Brasileira. Então Santa
Catarina tem o que dizer do futebol, e com a Chape isso seria
ampliado de forma considerável. Longe da morte, eles estão vivos em
nosso mundo do futebol, nos corações de todos, e isso já ganha o
mundo. Jogadores e técnicos de times como o Barcelona, Real Madrid e
tantos outros entre os melhores do mundo, lembraram da Chapecoense e
de seus jogadores, e fizeram homenagens e mostraram sentimentos.
Fato é
que o futebol aqui começa muito humilde, e que jogadores vestem a
camisa e mostram o seu amor realmente. Seja com certa dificuldade em
formar as equipes, os técnicos também são centrais nisso tudo.
Caio Júnior era um líder que fez história. Verdadeiro e sincero.
Um verdadeiro companheiro aos jogadores, e junto com estes, traz
consigo uma história de vitória. De Santa Catarina para o mundo,
perdemos o ideal em um voo. Junto com esse avião partimos e nosso
destino foi o celeste. As estrelas foram habitadas por seu brilho, o
brilho de cada um daqueles jogadores e participantes da equipe.
Partem com honra para a eternidade, e um time se monta no céu. Que
esse fato nos mostre e renove os pensamentos, que sejamos mais
humanos e tenhamos qualidades nobres, frente a realidade da brevidade
da vida. Vemos que a bola é ideia, e essa ideia move o mundo,
trazendo a paz entre nações, unindo diferenças, provocando o
companheirismo. O Chape tira uma parte de cada amante do futebol do
planeta.
quarta-feira, 7 de setembro de 2016
O Brasil volta a ser Brasil, e lição da causalidade de Hume
O Brasil
volta a ser Brasil, e lição da causalidade de Hume
Desde
que o técnico Tite assumiu a seleção, vimos um time que não mais
parece o mesmo. Passou a ganhar jogos e já quase programa comprar a
passagem para a Rússia, para a próxima copa do mundo. Após a
vitória do ouro das Olimpíadas, a camisa amarela superou qualquer
causalidade, que antes era o fato de um time ruim perder. David Hume,
um dos pensadores empiristas, dizia que não há essa causalidade,
pois acreditamos mais em fatos, e o amanhã não pode acontecer o que
antes ocorria. A causalidade então nos desafiou, aprovando as
reflexões de David Hume.
O embalo
parece ter ocorrido primeiro com os jovens nas olimpíadas. Apesar de
criticados pelos torcedores, que pediam Marta nas arquibancadas,
homenageando a também boa seleção de futebol feminino, mas que por
fim não teve o resultado esperado. Mais uma prova da causalidade que
nos engana. Isso pode se aplicar a crise econômica: hoje estou em
crise, e amanhã estou inesperadamente próspero. Isso lembra ainda
Parmênides, que disse que o Ser é e o não ser não é. Pensava a
torcida que o time masculino era um “não ser”, e que o feminino
era bom. Talvez eles ligaram, como fez Platão, o belo ao bom. Mas
não ocorreu. E nos piores momentos que se mostrou a planta ser
forte, pois as raízes podem não ser belas, como lembrou Alain de
Botton sobre Nietzsche, em sua obra. Que nem dizia Aristóteles, “em
algum lugar alguém merece a minha confiança”, mesmo tendo errado
em algum lugar. Assim foi com Tite, ele tinha confiança na seleção,
mesmo todos já perdendo a esperança. E vimos dois bons jogos, com
vitórias.
Nos dois
jogos a seleção brasileira jogou bem, tirou o ar dos adversários.
Tite saiu de um time vencedor para tornar outro. Assim vemos que não
basta fama, se tem de ter resultado. O time tem boa marcação, bem
como volta alguma animação em dribles de jogadores. Gabriel Jesus
está se destacando, e os jogadores começam a ter sintonia. Um gol
sai até de jogada ensaiada. Isso ensina a todos nós, que mesmo com
o time perdendo, ou seja, a crise na vida, pode amanhã ou desde logo
vencer. O time cobre os espaços do campo, não se vê mais a
confusão anterior. Antes havia o caos. Estavam que nem os átomos
antes da ordem, de Demócrito. Mas a perseverança no erro que é uma
loucura, como disse Zenão. Assim mudamos de técnico e colhemos bons
frutos. Pois antes havia uma alternância entre professores que não
entrosaram o time. E o que antes era efeito da causa, nos mostrou ser
apenas uma crença ou fato, como ensinou Hume.
sábado, 4 de julho de 2015
Paradoxos e mentiras do nosso tempo
Atualmente
vemos uma série de transformações sociais e problemas que surgem
em nosso cotidiano. Mudanças de leis, alteração de maioridade
penal, novas tecnologias, fins de instituições tradicionais, falta
de comunicação – muitos paradigmas surgem ou são superados, e
entramos cada vez mais em conflito com o mundo e com nós mesmos.
Frente a um governo que não representa o povo, mas uma ideologia
ultrapassada, bem como a leis que tentam compreender o contexto, mas
que ao mesmo tempo entram em choque com a comunidade tradicional,
acaba-se por viver em uma multidão de mentiras. A história parece
ser mais uma dessas mentiras, e uma coleção de versões e
homenagens, mais que pontuadas. Estamos em um tempo majoritariamente
pragmático. Veremos o que no resta a pensar sobre isso.
Para
o pragmatismo, do qual tem os expoentes os pensadores Charles Sanders
Pierce e William James, o que vale é o resultado, as consequências,
e não qualquer princípio primeiro, categoria ou necessidade
metafísica. Vivemos isso, pois a prática acaba fazendo o que
vivemos e aceitamos socialmente. Vamos acompanhando o trem ou o
barco. Muitas vezes as pessoas escondem a cabeça, que nem um
avestruz. Isso parece que ocorre com novas formas de viver, com
comportamentos que antes eram ocultos, como o casamento gay, as lutas
feministas e discursos que antes eram sequer proporcionados, frente a
falta de democracia. Por outro lado, a mesma democracia nos coloca
desafios, frente a corrupção absurda e a falta de inteligência de
quem está no poder. Também sobre a experiência dos menores de
idade, se eles já tem capacidade para outros atos, seria óbvio que
têm para responder criminalmente. Sobre esse caso já fui de opinião
se se fazer um plebiscito. Falando com psicóloga, ela disse que
após formação da personalidade, quando criança, não se muda
mais, uma vez que se forma ali seu caráter, até 7 anos.
O
que vale é o resultado. No futebol tivemos a experiência de perder
mais um campeonato recentemente. Mas não vimos antes um trabalho de
investigação em se aprender com as grandes equipes. Nosso time
continuou com o mesmo ritmo, jogando de modo aleatório, sem
estratégia. Bastaria também colocar em prática o que de melhor
possuímos. Uma vez em fase eliminatória, por óbvio que se deveria
treinar batidas de pênaltis. Achou-se que o peso da camisa garante o
jogo, ou que reunir craques de equipes estrangeiras refletiria
aquelas equipes, o que é falso. Passamos por mais mentiras e
juntamente com aquela da política, da sociedade brasileira que se
achava intocável economicamente, vemos também uma crise de
relacionamento, de comunicação humana, frente as tecnologias.
Vemos
que muitos dogmatismos foram superados: aqueles da religião, outros
das instituições e seus relacionamentos, políticos de uma dita
esquerda, e por fim aquele do futebol. Hoje se percebe uma equipe que
nem os EUA ganhando jogos, sem mesmo ter qualquer tradição no
futebol. Isso requer mudança de visão, e muito background
para se compreender como as coisas funcionam. A mera sorte ou talento
deixou de muito de garantir um resultado eficiente. A prática sim,
essa garante atualmente mais sucesso nos empreendimentos. Para tanto,
cada vez esses novos paradigmas que nos envolvem chamam consigo novos
modos de se portar. Também se deve ter a visão de futuro, para
assim atrair novas possibilidades. Não que se deve por isso perder a
tradição. Talvez o que ocorre é que se defenda certas mentiras, ou
mesmo confusões, por se ver acostumado com essas coisas. Nem mesmo
os monges cristãos acreditam apenas na fé. Eles têm um ditado, que
é Ora et Labora, então se deve também trabalhar. Igualmente
se tem de ter feedback para não repetir o mesmo erro. Não
basta persistir ou não desistir, tem de se acertar.
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