quarta-feira, 7 de setembro de 2016

O Brasil volta a ser Brasil, e lição da causalidade de Hume


O Brasil volta a ser Brasil, e lição da causalidade de Hume



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    Desde que o técnico Tite assumiu a seleção, vimos um time que não mais parece o mesmo. Passou a ganhar jogos e já quase programa comprar a passagem para a Rússia, para a próxima copa do mundo. Após a vitória do ouro das Olimpíadas, a camisa amarela superou qualquer causalidade, que antes era o fato de um time ruim perder. David Hume, um dos pensadores empiristas, dizia que não há essa causalidade, pois acreditamos mais em fatos, e o amanhã não pode acontecer o que antes ocorria. A causalidade então nos desafiou, aprovando as reflexões de David Hume.

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    O embalo parece ter ocorrido primeiro com os jovens nas olimpíadas. Apesar de criticados pelos torcedores, que pediam Marta nas arquibancadas, homenageando a também boa seleção de futebol feminino, mas que por fim não teve o resultado esperado. Mais uma prova da causalidade que nos engana. Isso pode se aplicar a crise econômica: hoje estou em crise, e amanhã estou inesperadamente próspero. Isso lembra ainda Parmênides, que disse que o Ser é e o não ser não é. Pensava a torcida que o time masculino era um “não ser”, e que o feminino era bom. Talvez eles ligaram, como fez Platão, o belo ao bom. Mas não ocorreu. E nos piores momentos que se mostrou a planta ser forte, pois as raízes podem não ser belas, como lembrou Alain de Botton sobre Nietzsche, em sua obra. Que nem dizia Aristóteles, “em algum lugar alguém merece a minha confiança”, mesmo tendo errado em algum lugar. Assim foi com Tite, ele tinha confiança na seleção, mesmo todos já perdendo a esperança. E vimos dois bons jogos, com vitórias.

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      Nos dois jogos a seleção brasileira jogou bem, tirou o ar dos adversários. Tite saiu de um time vencedor para tornar outro. Assim vemos que não basta fama, se tem de ter resultado. O time tem boa marcação, bem como volta alguma animação em dribles de jogadores. Gabriel Jesus está se destacando, e os jogadores começam a ter sintonia. Um gol sai até de jogada ensaiada. Isso ensina a todos nós, que mesmo com o time perdendo, ou seja, a crise na vida, pode amanhã ou desde logo vencer. O time cobre os espaços do campo, não se vê mais a confusão anterior. Antes havia o caos. Estavam que nem os átomos antes da ordem, de Demócrito. Mas a perseverança no erro que é uma loucura, como disse Zenão. Assim mudamos de técnico e colhemos bons frutos. Pois antes havia uma alternância entre professores que não entrosaram o time. E o que antes era efeito da causa, nos mostrou ser apenas uma crença ou fato, como ensinou Hume.

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