A
Seleção Brasileira e a Arte da guerra
Chegamos a Copa do Mundo de futebol e nada melhor que usarmos da sabedoria para entender o desempenho das seleções, bem como a importância do pensamento no resultado. A sabedoria sempre esteve aliada a batalhas da vida, sejam elas quais forem. Assim também no esporte, que exige liderança e inúmeras estratégias, se assemelhando a uma arte da guerra, mas dentro de uma situação de paz e fraternidade. Já de minha parte sempre flertei com filosofia chinesa, em especial com o taoismo e com o Tao da cura, filosofia de Mantak Chia, que envolve praticamente todos os campos da vida, bem como de Lao Tsé em seu Tao te ching, com lições de equilíbrio. Mas e a seleção brasileira, o que teria a ver com isso? E o que um autor antigo como Sun Tzu e seu livro “A arte da guerra” teria com isso?
Um
primeiro ensinamento que aparece é que “O mais importante em uma
guerra é a vitória e não a persistência”. Deste modo, a seleção
brasileira persistia antes em líderes que não obtinham resultado, e
seu desempenho era negativo, não adiantando apenas a persistência.
Com o técnico Tite a coisa foi diferente, e ele colecionou vitórias,
mostrando um time vencedor e seguro, equilibrado, como dizem muitos
comentaristas esportivos. Outro ensinamento, falando nisso, é que “A
invencibilidade está na defesa; a vulnerabilidade no ataque”. Nada
mais dentro da realidade desse time brasileiro, que agora tem uma
defesa confiável, sendo um muro impenetrável, marca de times
comandados por esse técnico, e que garantem uma segurança após se
marcar algum gol. Isso lembra o time antes comandado por Tite, que
foi campeão mesmo sem muitas estrelas no ataque. Agora, se somando o
ataque forte que possuímos, certo é que a Copa está quase vencida,
e que mesmo que não ocorra, o time terá bom desempenho e confiança
do torcedor. O time deve ser “insondável como a escuridão e seu
movimento deve ser como o estrondo do trovão”. A seleção
brasileira se identifica com essa frase, uma vez que nunca se apostou
tão pouco na vitória e parece que agora ela se aproxima. O time tem
um trovão no ataque e sua defesa provoca a escuridão dos times
adversários. E a última foi “Um general deve ser silencioso,
sereno, inescrutável e imparcial”. Assim Tite veio, sem muito
falar, mas fazendo e obtendo resultado. E na Copa não será
diferente, pois é um líder vitorioso. O time está animado e os
jogadores mostrando o seu melhor, então não fazer barulho foi uma
boa estratégia para se encomendar a taça. Já o povo está
desestimulado e apenas verá os resultados positivos, após a atual
crise que se vive no Brasil.
Por
fim, o livro “A arte da guerra” mostra que temos guerras
pessoais, e que mesmo no esporte, ou na situação precária
nacional, em especial crise política e de liderança, se pode obter
bom resultado com o mesmo, uma vez que o time é quase o mesmo, e que
o futebol reserva lições escondidas, a que um olhar clínico pode
perceber. O esporte promove a paz, mas cada um vive a sua guerra
pessoal e existencial, e a vitória vem após muita luta, e mesmo que
não se vença, a honra é preservada, quando se conquista o
respeito. A seleção brasileira vem a se levantar, desde aquela
perda para a Alemanha, e isso já aconteceu antes quando perdeu para
a França em 1998. Viramos o jogo uma vez e viraremos mais uma vez.
Somos mestres da arte da guerra no futebol.
imagens de
https://www.elhombre.com.br/6-licoes-de-vida-com-o-livro-arte-da-guerra/
www.blog.1dia.net
https://copadomundo2018br.com/mascote-da-copa-do-mundo-2018/
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